Baile de mascaras

Na escuridão, onde o brilho de um sorriso só reluz um flash ao alem, somente a sombra da solidão, da dor e da decepção nos acompanha. Juntos assim, observando sob a luz dos tais flashes a podridão da humanidade.
- Humanidade: (s. f. pl.) A natureza humana, amor ao próximo [dicionário da língua portuguesa]; (s. f. pl.) Conglomerado de falsidade, onde cobra come cobra, onde um busca superar a podridão do outro [dicionário do mundo dos homens].
Porque é que mesmo sabendo dessa realidade, enojando essa verdade, cismamos em confiar naquele olhar afetuoso, naquele abraço que julgamos dos céus? Porque nos acomodamos com essa situação? Será que temos necessidade de nos satisfazermos por alguns instantes com a possível inexistência dessa podridão, só para depois quando a mascara cair, nos desfalecermos novamente em dor e revolta?
O ser humano é mesmo estranho, a única certeza que tem na vida é que um dia irá morrer, sabe lá quando isso será, daqui décadas, semanas, segundos, e mesmo assim, com essa realidade tão próxima só sabe causar dor e sofrimento a si e ao próximo.
O fato é que não há momentos perfeitos, há apenas bailes de mascaras sob iluminação de flash podre, onde quando soa o melhor dos sentimentos, a melhor das gargalhadas, a escuridão ressurge, os “amigos” então desaparecem, aquele cara especial te esquece, a solidão, a decepção e a falsidade explodem feito uma bomba de cogumelo, atingindo tudo e todos.. e tudo volta ao estagio inicial, a um mundo de ignorância e incerteza, onde o ser menos podre com você.. é você mesmo!